Covid aumenta risco de demência e outras doenças cerebrais, mesmo dois anos após infecção | Mundo

Covid aumenta risco de demência e outras doenças cerebrais, mesmo dois anos após infecção | Mundo

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A covid-19 amplia significativamente o risco de desenvolvimento de distúrbios cerebrais, como demência, psicose e confusão mental, dois anos após a infecção, aponta estudo da Universidade de Oxford. Trata-se da primeira análise aprofundada dos efeitos neurológicos e psiquiátricos persistentes da doença, informou o jornal britânico “Financial Times”.

A “covid longa”, muitas vezes definida como o conjunto de sintomas que persistem por 12 semanas ou mais após o dignóstico inicial da doença, causa problemas como fadiga e falta de ar — que podem afetar o cérebro e provocar falta de clareza mental.

Os cientistas estimaram que esses sintomas poderiam afetar mais de 100 milhões de pessoas em todo o mundo. Pesquisadores da Oxford analisaram os registros eletrônicos de saúde de 1,25 milhão de pessoas diagnosticadas com covid e um grupo de controle correspondente, composto por um número igual de pacientes que tiveram outras infecções respiratórias.

Os dados, abrangendo 14 distúrbios cerebrais, foram fornecidos pela rede global de pesquisa em saúde TriNetX, com sede nos EUA. O impacto da covid foi mais acentuado em pessoas com 65 anos ou mais, entre as quais 4,5% desenvolveram demência nos dois anos seguintes, em comparação com 3,3% do grupo de controle.

Surgimento da variante delta foi associado a um aumento no risco de vários distúrbios, diz Max Taquet, que liderou a análise — Foto: Divulgação/NIAID/NIH

Para transtornos psicóticos, os números foram de 0,85% em pacientes com covid e 0,6% em indíviduos do grupo de controle. O risco mais significativo entre os adultos mais jovens de 18 a 64 anos foi o déficit cognitivo, às vezes chamado de “névoa cerebral”. Isso afetou 6,4% das pessoas que tiveram covid nos dois anos anteriores, enquanto se verificou em 5,5% das demais pessoas.

“Os resultados têm implicações importantes para pacientes e serviços de saúde, pois sugerem que novos casos de condições neurológicas ligadas à infecção por covid provavelmente ocorrerão por um tempo considerável após o desaparecimento da pandemia”, disse Paul Harrison, um dos autores do estudo publicado na revista científica “Lancet”. Mas ele acrescentou: “Não estamos falando de um tsunami de doenças neurológicas e psiquiátricas”.

Max Taquet, que liderou a análise, disse que algumas descobertas se destacaram nos 185 mil pacientes do estudo com menos de 18 anos. “As crianças correm três vezes mais risco de transtorno psicótico — 18 em 10 mil — nos dois anos após a covid”, disse.

Os pesquisadores tentaram distinguir os efeitos de diferentes variantes do coronavírus, embora haja inevitavelmente menos dados de longo prazo para cepas que surgiram mais recentemente, particularmente a ômicron. “O surgimento da variante delta foi associado a um aumento no risco de vários distúrbios”, disse Taquet.

Ele disse que as descobertas sugerem que a carga sobre os sistemas de saúde pode continuar mesmo com variantes menos graves em outros aspectos. Olhando para a covid de forma mais ampla, os cientistas de Oxford enfatizaram que ainda era necessária muita pesquisa em todos os aspectos da doença, desde a definição e prevalência até causas biológicas e possíveis tratamentos.

“Minha sensação é que sabemos muito menos do que pensamos sobre a covid longa”, disse Harrison. “Há muito mais perguntas do que respostas”, concordou Taquet.

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